O Salão do Automóvel de Xangai é um dos maiores eventos do segmento no mundo, palco de inovação e, sem dúvidas, muitas novidades. Não à toa as mais de 50 marcas presentes no evento aproveitam a visibilidade da exposição para apresentar seus mais recentes lançamentos.
Autoesporte esteve na China e trouxe cobertura especial do Salão de Xangai. Foi um exaustivo, porém recompensador trabalho de apuração. E aqui neste texto mostramos justamente parte do que descobrimos em território asiático. Listamos 10 carros expostos no evento que, futuramente, virão (ou têm grandes possibilidades de vir) para o Brasil. Confira!
O inédito Bao 3 chegará ao mercado brasileiro para inaugurar a linha de SUVs de estilo aventureiro da BYD, inserindo a marca em mais um importante nicho. Deve desembarcar no país entre o fim de 2025 e o início de 2026 e, por aqui, atenderá pelo nome de Denza B3.
O modelo já foi registrado no Brasil junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), e viralizou recentemente por trazer uma inusitada plataforma para drones no teto — recurso que também aparece nas patentes brasileiras.
No exterior, o B3 vem equipado com uma dupla de motores elétricos alimentados pela bateria de íons de lítio de 78,7 kWh. Cada um é posicionado em um eixo, garantindo tração integral. O propulsor da dianteira entrega 148 cv e o da traseira 268 cv. A autonomia é de 500 km no ciclo chinês, mais otimista que o padrão brasileiro.
Embora tímida globalmente, a FAW é uma gigante na China e tem parcerias com outras grandes fabricantes estrangeiras, como Audi, Toyota e Volkswagen. Com mercado consolidado na terra natal, a montadora planeja expandir seus tentáculos para o Brasil, trazendo duas de suas marcas. Entre elas está a Bestune.
Um dos prováveis lançamentos da marca é o Bestune 07, um SUV com porte similar ao de um BYD Song Plus ou de um GWM Haval H6. O utilitário esportivo tem 4,71 m de comprimento e entre-eixos na casa de 2,80 m. Combinando um motor 1.5 a outro elétrico (dados de potência não foram revelados), promete autonomia perto de 2.000 km.
Como já dito previamente, outra marca que a chinesa FAW pretende trazer para o país é a Hongqi, sua divisão de luxo. A marca poderia vender em nosso país, por exemplo, o HS9. O SUV grande de sete lugares brigaria em um segmento mais nichado no Brasil.
Após atrasos e muita expectativa, a GWM finalmente iniciará a produção de carros no Brasil, na fábrica de Iracemápolis (SP), interior paulista. Entre as primeiras produções da fabricante, está o GWM Haval H9. Os preços devem ficar entre R$ 350 mil e R$ 400 mil.
O SUV deverá ter motor 2.4 turbodiesel derivado da picape GWM Poer, que rende 186 cv de potência e 48,9 kgfm de torque. Entretanto, a fabricante diz que as especificações devem ser revisadas no Brasil para uma entrega de números maiores. O câmbio é automático de nove marchas e a tração 4×4 sob demanda, com diferenciais dianteiro, central e traseiro.
Em relação ao nome, ainda não está certo se a GWM manterá o nome Haval H9 ou se transformará o SUV em um modelo da linha Tank, mais voltada ao off-road.
Há alguns meses, Autoesporte publicou que a Caoa Chery pretendia vender o Tiggo 9 no Brasil. O mesmo carro chegará ao país pela Omoda Jaecoo, mas com o nome Jaecoo 8. A previsão é que o lançamento aconteça em 2026, sem uma data específica.
Pelo porte avantajado, o SUV médio deve ser o veículo mais caro da marca chinesa. No entanto, a Omoda Jaecoo ainda avalia a possibilidade de adiar o seu lançamento para 2027. O utilitário esportivo de sete lugares já está disponível em alguns mercados internacionais. Tem 4,82 metros de comprimento, 1,90 m de largura, 1,69 m de altura e 2,82 m de entre-eixos. Em proporções, será rival do Jeep Commander no Brasil.
Por ser um modelo mais sofisticado, oferece equipamentos como regulagens elétricas nos bancos traseiros e teto solar panorâmico nos pacotes mais completos. O porta-malas tem capacidade para transportar 340 litros na disposição para cinco ocupantes.
Quanto ao conjunto mecânico, duas opções estão disponíveis globalmente: 1.5 turbo com sistema híbrido plug-in, entregando 257 cv e 39,5 kgfm de torque; e um motor 2.0 turbo a gasolina, com 265 cv e 40,5 kgfm. No primeiro caso, o câmbio é do tipo DHT (“Dedicated Hybrid Transmission”), com três marchas e múltiplas variações. No pacote sem eletrificação, o câmbio é automático de oito marchas.
A escolha de cada motorização depende dos mercados regionais. Em países árabes, por exemplo, o modelo é vendido apenas com motor a combustão. No Brasil, a marca deve focar na versão PHEV para reforçar sua proposta sustentável. Este tem sido um diferencial das marcas chinesas contra as fabricantes ocidentais.
Além dos já confirmados para o Brasil B10 e C10, a Leapmotor nos agracia com o lançamento do B01 em Xangai — este que também pode ser vendido por aqui. O sedã da marca chinesa tem, vale frisar, porte de Toyota Corolla e BYD King.
Se ficou curioso, aqui estão as dimensões do sedã elétrico: 4,7 metros de comprimento, 1,88 m de largura, 1,49 m de altura e 2,73 m de entre-eixos. O modelo, vale destacar, utiliza a mesma arquitetura Leap 3.5 do B10.
Ao menos no exterior, o Leapmotor B01 será comercializado em duas versões, ambas com único propulsor. A distinção se encontra na potência: 180 cv na opção de entrada e 217 cv na configuração mais cara. As baterias têm capacidade de 56 kWh e 67 kWh. A autonomia no ciclo chinês é de até 650 km.
Autoesporte apurou com exclusividade que o Lynk & Co 01 será o 1º carro da marca à venda no Brasil, com chegada prevista para 2026. O modelo deve ser rival do BYD Song Plus Premium e, justamente por isso, estima-se que chegue às lojas com preço na faixa dos R$ 300 mil.
O modelo tem opções a combustão, híbrida ou elétrica. Para o Brasil, a opção escolhida deverá ser a híbrida plug-in. Assim, estamos falando de um SUV que une um motor 1.5 turbo de três cilindros a um elétrico, resultando em 261 cv de potência e 43,3 kgfm de torque combinados. A autonomia no modo elétrico varia entre 50 e 80 km, dependendo do mercado onde o veículo é homologado. Detalhes como versões e lista de equipamentos do 01 a ser vendido no Brasil ainda estão em estudo.
Mesmo inspirado no Lamborghini Urus, o Omoda 3 será o carro mais barato da marca chinesa, e terá rivais como Volkswagen T-Cross e Hyundai Creta. O lançamento em nosso mercado acontecerá em 2027.
A Omoda Jaecoo não revelou detalhes do conjunto mecânico do novo SUV. No entanto, Autoesporte ouviu de concessionários que existe o plano de desenvolver uma versão com motor 1.0 turbo para concorrer em um segmento de volume. Dessa forma, o propulsor teria algo em torno de 130 cv de potência.
A Maxus Terron 9, da chinesa Saic, será utilizada como base da nova geração da Amarok a partir de 2027. No entanto, Autoesporte apurou que a picape chinesa também deverá ser lançada com sua própria marca no Brasil. A previsão é que isso aconteça ainda em 2025.
A picape média Terron 9 chegará com motorização turbodiesel. Estamos falando de um quatro-cilindros 2.5 que entrega 224 cv de potência e 53 kgfm de torque — mais do que qualquer concorrente com propulsor similar. Além disso, o câmbio é sempre automático de oito marchas, com tração 4×4 sob demanda.
A Zeekr pretende lançar em breve o 7X no Brasil. O modelo elétrico, que foi lançado na China em agosto de 2024, é feito sobre a plataforma SEA (Sustainable Experience Architecture) e tem porte de Tesla Model Y, além de seguir a mesma pegada minimalista.
O Zeekr 7X tem design futurista e promete alto desempenho. É equipado com dois motores elétricos, um no eixo traseiro (com 421 cv) e outro dianteiro (224 cv). Com esse conjunto, a potência combinada é de 645 cv, e o torque é de 72,4 kgfm. Além disso, o SUV tem um pacote de baterias de 75 kWh e 100 kWh. No primeiro, o chamado Golden Brick de lítio e fosfato rende autonomia de 605 km no ciclo CLTC.
Quanto aos preços, quando comparado com o mercado europeu— onde deve chegar no final do ano — o SUV pode ser vendido por cerca de R$ 500 mil no Brasil.
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Fonte: direitonews