10 carros legais que não deveriam ter saído de linha


Você já passou por um carro na rua e pensou que aquele modelo não deveria ter saído de linha? Este é um acontecimento quase diário na vida dos fãs do mundo automotivo. Infelizmente, nem sempre a indústria toma o caminho que gostaríamos.

Partindo disso, em clima de nostalgia, a redação de Autoesporte separou dez modelos legais que não são mais vendidos no Brasil, mas que ainda teriam espaço no mercado por suas características. Acompanhe:

O Up! foi lançado em 2014 com o objetivo de ser o melhor carro urbano compacto do Brasil. Chegou às lojas com cinco estrelas nos testes de colisão do Latin NCap, um ótimo consumo de combustível e o apelo jovial que conquistou multidões. Pouco tempo após sua estreia, ainda recebeu motor turbo que proporcionou desempenho digno de esportivo.

Entretanto, os últimos anos do Up! não foram bons. Em 2021, além de perder versões, restando apenas a Xtreme, a Volkswagen passou a vendê-lo com espaço apenas para quatro ocupantes. Seu fim foi declarado em 2021, quando o pequeno hatch deixou de ser produzido em Taubaté (SP). Desde então, não há um substituto.

Pense num carro insubstituível. É assim que muitos proprietários olham para o Honda Fit, descontinuado no final de 2021. Nem é necessário muito esforço para encontrar motoristas que tiveram duas ou três unidades do hatch na garagem.

A nova geração do Fit recebeu um apelo mais tecnológico e moderno no Japão (onde se chama Jazz). Assim, o preço também subiu consideravelmente, inviabilizando sua venda por aqui. Por fim, a Honda já planejava lançar a versão hatchback do City para mercados emergentes, sem as principais características da minivan. Daí veio a decisão de encerrar sua produção em Sumaré (SP).

De certa forma, o Etios é um carro que não atingiu as expectativas do brasileiro. O visual desengonçado e a simplicidade extrema, pensados para o mercado indiano, não agradaram. A marca japonesa ainda lançou a versão aventureira “Cross”, lembrada como um dos carros mais feios de sua época.

O mérito do Etios era o seu conjunto mecânico. De fato, era um carro muito bom de dirigir, capaz de proporcionar boas doses de conforto aos motoristas que não se importam com o visual. O pacote de equipamentos melhorou com o tempo, mas nem isso salvou o primeiro Toyota compacto do Brasil. Deixou de ser vendido em 2021, mas continuou em produção em Sorocaba (SP) para atender outros mercados da América Latina. Seu fim definitivo foi declarado em 2023, com o encerramento da montagem.

Pai dos SUVs compactos modernos, o EcoSport é outro carro que faz falta no Brasil. Saiu de linha quando a Ford anunciou o fechamento de todas as suas fábricas em 2021, incluindo o complexo de Camaçari (BA), que hoje pertence à BYD.

Em seus últimos anos, o EcoSport entregou um conjunto competente. Tinha motor 1.5 de três cilindros e um bom pacote de equipamentos. De quebra, abandonou a problemática caixa PowerShift em razão de um câmbio automático convencional. Agora, só existe no mercado de usados e seminovos…

O ASX sempre foi mais caro que Renegade, HR-V, Creta e outros SUVs compactos, embora seu porte fosse semelhante. Esse motivo, e a defasagem tecnológica fizeram com que ele não tenha resistido por muito tempo, mesmo com a troca de nome para Outlander Sport em 2021. Hoje restam poucas opções aos motoristas que curtem SUVs com pegada mais aventureira.

O primeiro carro da Renault Sport desenvolvido fora da França foi o Sandero RS. Chegou às lojas em 2015 com um acerto de suspensão super rígido, bancos esportivos, motor mais potente e até um pequeno bodykit. Para um carro de nicho, até que fez bastante sucesso.

O Sandero RS começou a perder importância a partir de 2019, quando todas as versões do hatch compacto passaram por um facelift profundo. No caso do esportivo, a Renault apenas mudou a traseira. Deixou de ser produzido em São José dos Pinhais (PR) em 2021 — e a última unidade a sair da linha de montagem está no acervo histórico da Renault.

Falamos bastante do Uno neste mês. Em agosto de 2024, completam-se 40 anos do lançamento do lendário hatch da Fiat. Para celebrar, Autoesporte andou em modelos clássicos, elaborou uma linha do tempo e até conversou com um dos engenheiros responsáveis pelo projeto.

Sua edição de despedida, a Ciao, foi lançada em 2022. Por mais que o Mobi seja o sucessor do Uno, nunca atingiu o mesmo patamar de sucesso. Resta saber se o futuro reserva um retorno triunfal.

O Chevrolet Camaro saiu de linha no Brasil como consequência do fim de sua produção em Michigan (EUA) no ano passado. A marca fez um pouco de mistério, mas logo confirmou que a história do muscle car não foi encerrada. Há quem diga que o Camaro vai retornar como um cupê elétrico em alguns anos — para o desespero dos puristas. Alguém duvida que será um sucesso?

Agora que o Chevrolet Cruze Sport6 saiu de linha, os hatches médios deixaram de existir definitivamente no Brasil (excluindo as versões esportivas de Civic e Corolla e modelos de luxo). Quem puxou essa fila foi o Hyundai i30, que parou de ser importado da Coreia do Sul em 2016.

O hatch fez bastante sucesso em sua primeira geração, mas não resistiu ao crescente interesse em SUVs compactos e médios. Em outros mercados, como Europa e Sudeste Asiático, ainda é vendido em sua terceira geração.

Encerramos a lista com o Nissan March, o pequeno “citycar” que a marca produziu em Resende (RJ) até 2021. Trata-se de um carro competente em quase todas as suas propostas, com um conjunto mecânico econômico (chegou a ter câmbio CVT e motor 1.6) e o porte compacto que adiciona toques de versatilidade.

Bem como o Volkswagen Up!, o March também sucumbiu pelo desinteresse do brasileiro por hatches menores e a falta de grandes atualizações no produto.

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Fonte: direitonews

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