“Por enquanto, a Turquia fala muito e faz pouco. Mas isso não nos deve tranquilizar. Suponho que não se desencadeará um conflito armado, por a Grécia não estar pronta para tal, não o podendo permitir. Além disso, um pequeno conflito com a Grécia pode levar a uma situação de crise, ao colapso da OTAN, devido ao enfrentamento entre os dois Estados-membros. Isso se tornaria um grande problema para a aliança em um momento em que esta tenta se expandir em meio às tensões entre a Ucrânia e a Rússia”, acredita Stafakopoulos.
“O que eu temo é que ‘resolver as coisas entre si’ significará, na realidade, que a Grécia, que tem direitos legais, se verá obrigada a ser conciliadora com o intruso, a Turquia. Com a bênção dos nossos ‘aliados’ comuns da OTAN, faremos do agressor um parceiro igual. Para mim, isso seria uma derrota como a que já sofremos na questão da Macedónia do Norte. Nós transferimos o nosso nome nacional para este país, sem quaisquer ameaças da sua parte. A Turquia viu neste passo a fraqueza da Grécia, enquanto a Grécia se mostrou como uma filha obediente dos aliados, que faz tudo o que os EUA e a Alemanha lhe dizem. Uma vez que a Grécia cedeu a um pequeno país, do tamanho do Peloponeso, será que não cederá a uma grande Turquia? É o que precisamente o presidente Erdogan pensa”, salienta o especialista.