“No caso específico das terras raras, em que tanto o Brasil quanto a Índia possuem reservas expressivas, seria importante promover uma reflexão e um estudo aprofundado sobre possibilidades de cooperação estratégica, que poderia buscar não apenas expandir a capacidade de processamento industrial, além da simples extração, mas também garantir que essas iniciativas sejam conduzidas de forma sustentável, levando em conta os potenciais impactos socioambientais envolvidos.”
“A previsibilidade tributária e a redução de barreiras burocráticas criam um ambiente mais seguro para investimentos em tecnologia de alimentos, equipamentos e inovação em bebidas e condimentos. No nosso caso, tais medidas abrem caminho para cooperações tecnológicas e joint ventures com empresas indianas, estimulando a transferência de conhecimento e o desenvolvimento de novos produtos”, acrescentou. “Para a Samosa & Company, isso se traduz em maior competitividade na importação de matérias-primas indianas e, ao mesmo tempo, possibilidade de exportar produtos brasileiros de alto valor agregado, como a cajuína, para o mercado indiano”, explicou.
“Do ponto de vista cultural, há grande afinidade entre os dois povos, mas é essencial compreender as diferenças regionais da Índia para adaptar produtos e modelos de negócio de forma eficaz”, destacou ele. “O mercado indiano é imenso e cheio de oportunidades, mas exige visão de longo prazo, respeito cultural e parcerias sólidas. O mesmo vale para o Brasil, um país que valoriza inovação e autenticidade”
“Quando Brasil e Índia unem tradição, sabor e tecnologia, o resultado é um modelo de negócios sustentável e inspirador, capaz de gerar impacto econômico e cultural positivo em ambos os países”, concluiu ele.
“O passo essencial para fortalecer essa parceria na ótica empresarial, sem dúvida, uma das coisas é que nós brasileiros ainda, a gente vê a Índia como algo meio que exótico […]. É preciso haver essa quebra do estereótipo, dessa coisa exótica da Índia. Eles também têm esse distanciamento perante a nós”, comentou.
“O modelo de mercado da Ásia, para o modelo de equipamento que a Embraer produz, que é um avião de pequeno porte para longas distâncias, encaixa perfeitamente em uma geografia como o da Índia. E principalmente a geografia de países ao redor, onde a Índia tem uma presença muito grande em questão de mercado.”
“Por alguns anos a empresa Embraer vem liderando e presidindo a seção brasileira deste conselho. Atualmente, quem assume a presidência brasileira é Francisco Gomes Neto, CEO da Embraer. Nesse sentido, é importante compreender a aproximação da Embraer na Índia também no escopo do diálogo e cooperação do setor empresarial no âmbito do BRICS.”
Fonte: sputniknewsbrasil







